O Ciranda acredita que uma das principais contribuições da justiça restaurativa é o fortalecimento de vínculos comunitários por meio de pertencimento e significado. Ao trabalhar as relações dos envolvidos direta e indiretamente na situação conflitiva, a justiça restaurativa possibilita um “retorno à

comunidade” enquanto ambiente construtivo onde as pessoas podem exercitar o melhor de si. Além disso, pode ser um reforço ao empoderamento quando realizada na, pela e para a comunidade.

A atuação do Ciranda com justiça restaurativa na comunidade teve início em 2017, no Confisco, em Belo Horizonte, a partir da solicitação da então Diretora da Escola Municipal Anne Frank, uma Escola Transformadora com atuação muito próxima à comunidade. Além de facilitação de círculo de conflito nessa escola, o Ciranda também ofereceu palestras de comunicação não-violenta aos estudantes, professores, responsáveis e membros da comunidade externos à escola.

Outra ação comunitária do Ciranda se dá via Divisão de Assistência Judiciária da UFMG – DAJ. Por meio de Protocolo do Cooperação Interextensão, realizado em outubro de 2017, a Divisão pode encaminhar casos de alta complexidade em que a Assistência Judiciária e a Clínica de Direitos Humanos atuam para realização de práticas restaurativas pelo Ciranda.